Em 13 de junho, sábado, às 20 horas, meus alunos começaram a assistir ao monólogo teatral A Descoberta das Américas, representado pelo vencedor de melhor ator do prêmio Shell de 2005, Julio Adrião.

Por mais que escrevamos, a palavra é incapaz de revelar a grandeza de Johan Padan, personagem a quem Julio Adrião dá vida. À margem do poder, da história oficial, Johan narra sua própria história no século 16.
Fiz questão de os alunos assistirem para eles perceberem o contraste entre o eu-narrador Johan Padan e o texto Auto de São Lourenço, de José de Anchieta. Enquanto aquele provoca o riso, este impõe a verdade austera. O marginal fanfarrão e o sisudo sacerdote da Igreja.
A semana em que o personagem Johan nos seduziu durante uma hora e meia foi a mesma semana de Corpus Christi (católica) e da marcha para Jesus (protestante). Prefiro o marginal Johan narrando sua própria história, porque, como escreveu Nietzsche, "desde que há homens, o homem tem-se divertido muito pouco: é esse, meus irmãos, o único pecado original. E quando aprendemos melhor a divertir-nos, esquecemo-nos melhor de fazer mal aos outros e de inventar dores", no caso, dores religiosas, cristãs.
Obrigado, Julio, por ter aberto nossos olhos com o teu inesquecível brilho (leoesdecirco.com.br).
Essa peça foi incrível. De todas, com certeza foi a melhor.
ResponderExcluirPode creeer! Foi a MELHOR.
ResponderExcluirOi meu nome é Aldo bem vindo ao inferno!
ResponderExcluirrsrsrs nunca fui seu aluno mas gostaria de ter sido, acho que nunca tive um professor assim tão rígido e disciplinado pena
parabéns pelo blog:) visite o meu em debbysilva.blogspot.com
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